sem pátria e sem destino.
Para por um instante,
deixa aprumo o meu tino.
Tu és mulher do deserto,
nunca perdeste uma trilha.
Teu olhar é misterioso é esperto,
E não passas de uma andarilha.
O sol escaldante te doura a face, e
teu rastro na areia
apaga com o vento.
Percorres milhas e não arrefece, segues firme a trilha no intento,
Brava guerreira, cigana sem rei.
Mil homens te querem, com apetite voraz,
e quem tu queres, eu não saberei.
Pois a sorte na mão, és tu quem a tras.
Morena dourada de mito e magia,
viestes distante lá da hungria.
Com ervas, unguento e sete sangria
És bruxa, feiticeira e adivinha,
Deusa morena divinamente bela,
Ser imaginário, andante, estradeira,
pareces pintada em aquarela.
Como oásis perdido, ilusório
Te amo, te quero, minha flor pequena,
Entrega-te a mim, Beduína andante
Ardente, misteriosa, sedenta e plena,
com este corpo de areia coberto
Por certo serias tu, a flor do deserto e
eu areia quente, que não te liberto.
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